Greve desrespeita decisão da Justiça e penaliza o cidadão, diz governador de São Paulo

Em pronunciamento no Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio de Freitas afirmou que a paralisação é ilegal e abusiva; linhas operadas pela iniciativa privada funcionam normalmente

Greve desrespeita decisão da Justiça e penaliza o cidadão, diz governador de São Paulo Imagem por Divulgação Governo SP e Texto por Divulgação Governo SP
  • 03/10/2023 às 15:14
  • Atualizado 03/10/2023 às 15:14
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas afirmou na manhã desta terça-feira (3) que a greve do Metrô e CPTM desrespeita a decisão da Justiça de manter 100% das linhas funcionando nos horários de pico (das 6h às 9h), e 80% nos demais horários.

“A Justiça foi ignorada. Eles não estão respeitando o poder Judiciário e não estão respeitando o cidadão. É uma pena, a gente vê o cidadão de joelhos, o cidadão sofrendo, o cidadão tendo a privação do transporte para uma pauta que sinceramente não é motivo para paralisação”, disse em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.

Para o governador, trata-se de uma greve ilegal, abusiva, política e com interesse corporativo, que prejudica o cidadão que precisa do transporte público. Tarcísio de Freitas ressaltou que as únicas linhas que estão operando normalmente são as concedidas à iniciativa privada: linha 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô e 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM.

“Justamente as linhas concedidas são as que estão funcionando. E o cidadão está sendo privado do transporte coletivo naquelas linhas que são operadas pela empresa pública”, afirmou, salientando queestão sendo feitos estudos para as concessões e que todos os ritos necessários estão sendo seguidos para verificar a viabilidade financeira da medida.

Tarcísio afirmou ainda que a lei estabelece que processos de concessão, desestatização ou privatização têm que ser precedidos de audiências públicas e consultas à população.

“Existe o momento e o foro adequados para se manifestar no processo, para dar contribuições ou mostrar discordâncias. Mas a discordância não pode ser motivo de paralisação, de privação do cidadão, que está sendo privado de um serviço essencial, do seu direito de ir e vir. E por causa de uma pauta corporativa”, ressaltou.

O governador disse que os estudos continuarão sendo feitos para que o melhor serviço seja prestado ao cidadão.

“Nós vamos continuar estudando esses processos para prestar o melhor serviço para o cidadão. Temos a convicção que a gente vai prestar o melhor serviço possível. Não é esse tipo de movimento egoísta, abusivo, ilegal que vai nos afastar do objetivo”.

Medidas para atenuar os transtornos

O governador citou que várias medidas foram tomadas para atenuar os impacots aos cidadãos nesta terça-feira (3). Entre elas, estão a decretação do ponto facultativo e a mudança das rotas dos ônibus. A prefeitura da capital colocou mais de 12 mil ônibus em circulação, 200 a mais em relação aos demais dias. A operação das linhas 7 e 11 da CPTM funciona de forma parcial.