Iperó registra queda de 43% da população que vive em área rural em 12 anos, aponta dados do IBGE

Enquanto em 2010 um total de 10.837 pessoas viviam nas áreas rurais de Iperó, doze anos depois esse número caiu para 6.213.

Iperó registra queda de 43% da população que vive em área rural em 12 anos, aponta dados do IBGE Imagem por Divulgação e Texto por Folha de Iperó
  • 17/01/2025 às 14:18
  • Atualizado 17/01/2025 às 14:18
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Iperó registrou uma queda acentuada da ordem de  43% no número de pessoas que vivem na área rural em 12 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o órgão, enquanto em 2010 um total de 10.837 pessoas viviam nas áreas rurais de Iperó, doze anos depois esse número caiu para 6.213, conforme relevam os dados do Censo Demográfico 2022 - População e Domicílios por situação urbana ou rural do domicílio, o mais atual levantamento e divulgado recentemente.

Segundo o IBGE, Iperó possui uma população estimada em 36.459 pessoas, sendo que desse total 30.246 vivem na zona urbana  e 6.213 vivem no campo, o equivalente a cerca de 17,2%.

Segundo especialistas do IBGE, fatores como a migração, mudanças nas taxas de fecundidade (número de filhos por mulher) e o aperfeiçoamento do sistema de coleta de dados do Censo podem explicar essa mudança.

Já o economista José Carlos de Oliveira Penteado, ressalta que o perfil socioeconômico de Iperó tem mudado ano após ano, num processo de urbanização crescente, com a chegada de novas empresas de pequeno, médio e grande porte, que tem gerado mais emprego e renda. Outro fator relevante, apontado pelo especialista, é que regiões rurais passaram a apresentar características urbanas, o que permitiu que as pessoas morem nas áreas urbanas e trabalhem no campo.  “Isso também ocorre em Iperó. A cidade é cercada por áreas rurais e muita gente mora em área urbana, mas trabalha no campo. Entretanto, a cidade vem crescendo e a chegada de novas empresas que oferecem remuneração mais atrativa do que os jovens podem encontrar no campo é outro fator para esse êxodo”, ressalta.

Felipe Leitão, analista da divulgação dos dados do IBGE explica que a divulgação com a divisão de áreas urbanas e rurais orientada pela morfologia urbana e pela funcionalidade das ocupações é uma novidade em relação aos dados do Censo 2022, quando o IBGE se baseava estritamente nos perímetros urbanos legais definidos pelas Prefeituras, muitas vezes desatualizados. Segundo ele, com base em imagens orbitais atualizadas, “nossos atualizadores identificaram as extensões das áreas urbanas e rurais para fins estatísticos e classificaram cada setor censitário quanto à sua situação territorial. Esse mapeamento é que tornou possível a contabilização das populações por situação dos domicílios, urbanos ou rurais”, explica o analista da divulgação, Felipe Leitão.