Vereador Fernando Daki é condenado em ação popular que o acusa ser “funcionário-fantasma” da Assembleia Legislativa

O vereador e presidente da Câmara de Iperó, Luis Fernando Paula Leite, conhecido como Fernando Daki (MDB), foi condenado pela Justiça em ação popular que...

Vereador Fernando Daki é condenado em ação popular que o acusa ser “funcionário-fantasma” da Assembleia Legislativa Imagem por Folha de Iperó e Texto por Folha de Iperó
  • 26/02/2019 às 19:12
  • Atualizado 01/03/2023 às 19:12
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O vereador e presidente da Câmara de Iperó, Luis Fernando Paula Leite, conhecido como Fernando Daki (MDB), foi condenado pela Justiça em ação popular que o acusa ser “funcionário-fantasma” da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP). Segundo a decisão do juiz Kenichi Koyama, publicada nesta terça-feira (26), ele deverá devolver aos cofres públicos tudo o que recebeu referente ao cargo de agente de segurança parlamentar, ocupado entre junho de 2015 a março de 2016 mas que, de acordo com a denúncia, não cumpria 40h semanais no prédio da Assembleia.

Ainda no processo, o juiz alega que testemunhas confirmaram que Daki era sempre visto no supermercado da qual sua família é proprietária. Na sentença, o juiz determina que seja feita “restituição em seu valor bruto, integral e especificamente relacionado a toda remuneração que foi recebida pelo funcionário tido como fantasma no período que vai do dia 03 de junho de 2015 a 29 de março de 2016, corrigidos desde quando pagos, e acrescidos de juros”. Em 2015, o salário de um agente de segurança parlamentar era de R$ 5.284,43 por mês e, em 2016, de R$ 5.890,00.

Na decisão, o juiz lembra que foram ouvidos, em oitiva, além de Fernando Daki, o deputado estadual Gil Lancaster (PSB), e testemunhas. Em sua defesa, os dois alegaram que Fernando trabalhava para o deputado atendendo a demandas na região do município e representando-o em eventos. Além disso, a empresa Pullmantur Cruzeiro do Brasil também foi oficiada, para comprovar se Daki teria viajado ao Rio de Janeiro pela empresa, em suposta agenda do deputado, mas a empresa afirmou que não há registro algum de sua viagem.

Questionado, Fernando Daki disse estar com a consciência tranquila, e que deve recorrer da decisão. “Ainda não tive acesso à decisão do juiz, mas isso me estranha, porque o próprio deputado afirmou que eu trabalhei para ele. Eu sempre cumpri, com provas materiais, de que eu exerci a função”, salienta.

 

RELEMBRE O CASO: Vereador é citado em ação popular por suposto trabalho fantasma na Assembleia Legislativa