Iperó registra saldo negativo recorde na geração de emprego com carteira assinada em abril, segundo o Caged

Iperó fechou o mês de Abril com saldo negativo de 85 vagas, enquanto que em Março, 208 negativo, ou seja, dispensas de trabalhadores com carteira assinada.

Iperó registra saldo negativo recorde na geração de emprego com carteira assinada em abril, segundo o Caged Imagem por Divulgação e Texto por Fernanda Marques / Folha de Iperó
  • 14/06/2024 às 14:11
  • Atualizado 14/06/2024 às 14:11
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A cidade de Iperó desde o início deste ano tem acumulado saldos negativos na geração de emprego com carteira assinada, sendo que no último mês de abril bateu recorde no fechamento de postos de trabalho ao longo de 2024. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, a cidade fechou abril com saldo negativo de 85 vagas, enquanto que em março, 208 negativo, ou seja, dispensas de trabalhadores com carteira assinada. Para se ter ideia, no ano anterior a cidade havia fechado no azul com a geração de 352 postos de trabalho com carteira assinada. Já no acumulado do ano, o saldo fica no azul, com 24 postos de trabalho.

O resultado tem caminhado na contramão de várias cidades da região, que registraram saldo positivo na geração de empregos formais, como Boituva, Tietê, Salto de Pirapora, Sorocaba, entre outras.

Segundo os dados do Caged, em abril, Iperó registrou a contratação de 230 trabalhadores nos vários setores da atividade econômica, mas ao longo do período as empresas foram demitindo e os fechamentos dos postos de trabalho chegaram a 556, resultando em um saldo negativo de 230 vagas. Atualmente o estoque de trabalhadores com carteira assinada na cidade é de 7.888 pessoas.

O setor que mais demitiu em Iperó em abril deste ano foi o de serviços, com 257 vagas a menos que o registrado em dezembro de 2023. Já o setor de construção civil registrou queda de três vagas.

Já o setor que neste período fechou abril com maior saldo de vagas foi o comércio, com 20 vagas a mais, seguido pela indústria, com a geração de 10 vagas a mais.

Para o economista José Carlos Vitorino Barbosa da Silva, alguns fatores afetam diretamente a questão do emprego e muitas cidades de pequeno porte têm sido afetadas, sendo o primeiro pela alta taxa de juros do País – que ai afeta não apenas as cidades menores mas o Brasil como um todo -, mantida em patamares mais elevados pelo Banco Central para conter a inflação, que tem prejudicado a atividade econômica, o que se reflete na renda e nas demissões dos trabalhadores. “O Juro alto, a questão da falta de uma política de estado e não de governo, no que se refere às pautas econômicas pelo congresso nacional, afetam diretamente o crescimento do País”, disse.

Além disso, ele destaca que, por outro lado, nas cidades menores, muitos moradores buscam uma melhora da colocação no mercado de trabalho e renda e partem para a busca em cidades maiores. “Ou seja, um trabalhador de Iperó, por exemplo, deixa o atual trabalho para ir buscar uma melhor qualificação na cidade grande e que é muito próxima, como Sorocaba”, explicou.