Explosão de galpão com fogos de artifício mata uma pessoa em São Paulo

21 imóveis ficaram interditados

Explosão de galpão com fogos de artifício mata uma pessoa em São Paulo Imagem por Agência Brasil e Texto por Agência Brasil
  • 14/11/2025 às 13:27
  • Atualizado 14/11/2025 às 13:27
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A explosão de um imóvel onde havia material para fazer balões, explosivos e fogos de artifício, na zona leste de São Paulo na noite dessa quinta-feira (13), matou uma pessoa e deixou, ao menos, outras nove feridas.

A casa, que tinha um grande galpão nos fundos, ficou completamente destruída. O acidente aconteceu por volta das 19h43 na rua Francisco Bueno, 79, próxima da Avenida Celso Garcia com a Salim Farah Maluf, no bairro do Tatuapé, e na residência estava apenas uma pessoa, que acabou indo a óbito. A polícia acredita que o corpo seja de Adir Oliveira, de 46 anos. Ele era conhecido por produzir e soltar balões, o que é proibido em São Paulo. Segundo o delegado da Polícia Civil Felipe Soares, a mulher de Adir havia saído da casa um pouco antes da detonação. Ela teve o celular apreendido para investigação.

A explosão principal foi acompanhada por outras menores e várias casas, comércios e carros ao redor foram atingidos. De acordo com a prefeitura, foram interditados preventivamente 12 imóveis de forma total e 11 de maneira parcial, totalizando 23. O Corpo de Bombeiros foi acionado e seguiu para o local com oito viaturas, assim como também a Defesa Civil e a Guarda Civil Metropolitana (GCM).

As pessoas feridas foram levadas para um hospital próximo. Quase todas tiveram ferimentos leves, mas uma mulher sofreu traumatismo craniano grave e está no Hospital Nipo-Brasileiro.

Cerca de três quarteirões foram atingidos pelos destroços.

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Uma câmera de segurança de um local próximo registrou o momento da explosão. Os destroços se espalharam pela faixas da Salim Farah Maluf, provocando a interrupção do trânsito de veículos que passavam por ali naquela hora. Alguns moradores das proximidades também conseguiram flagrar a detonação e mostraram nas redes sociais o cogumelo de chamas e fumaça que se formou muitos metros acima do solo. Segundo o delegado Soares, logo após a explosão houve um grande tumulto no lugar. "Era um cenário de guerra", disse à Agência Brasil.

Os agentes que foram até a casa pouco após o acidente encontraram material para fabricar balões e também papelão para a produção de rojões.

A polícia pericia a residência e o galpão e quer determinar o que exatamente o morador, que acredita-se ser Adir, fazia nas dependências. "Explosivos a gente já tem certeza e os indícios levam a crer que também produzia balões". A perícia deve determinar se o responsável recebia ajuda de outras pessoas e ainda como tinha acesso aos explosivos.

MORTE

Devido às condições do corpo encontrado no local da explosão, a polícia ainda não consegue cravar que se trata mesmo de Adir, mas ele era a única pessoa que estava no local no momento da explosão. Oliveira ocupava a casa havia cerca de 40 dias e os vizinhos não o conheciam. Ele tinha passagens pela polícia em 2011 e 2012 por soltar balões. Foi processado em 2015, mas acabou absolvido.