
Com escola ocupada, rua vira cenário para festa surpresa
Com a ocupação da Escola Estadual Ricardo Gaspar Junior, em solidariedade aos alunos que poderão ter escolas até fechadas no processo de reorganização escolar que...

- 25/11/2015 às 20:46
- Atualizado 01/03/2023 às 20:46
Com a ocupação da Escola Estadual Ricardo Gaspar Junior, em solidariedade aos alunos que poderão ter escolas até fechadas no processo de reorganização escolar que está em andamento pela Secretaria Estadual de Educação, a professora Maria Célia Sartorelli, teve uma festa surpresa diferente nesta terça-feira (24).
Ao chegar para dar aula na unidade escolar ocupada próximo das 19h, recebeu um caloroso “parabéns” de seus alunos, na rua em frente a unidade escolar. “Continua a surpresa, mas só que será na rua”, avisa Gislaine dos Santos, uma das alunas. Claro, a festa surpresa teve refrigerante, bolo e a tradicional velinha, no caso um par. “Eu não esperava. Achei que teria aula. Eles me surpreenderam. Mesmo a ocupação, que tem um viés legítimo, não impediu esse momento de confraternização”, comenta Célia. “Estou muito feliz e não mereço tanto”, comenta a professora.
Por fim, Célia ainda teve um último presente: um ano a menos de idade, ao menos nas velinhas. É que os alunos, por equívoco, usaram o “52” e não o “53”, que é a nova idade da professora.
Sobre a ocupação
Cerca de trinta estudantes ocuparam a unidade escolar de Iperó nesta terça-feira (24). A ocupação tem apoio da UPES (União Paulista de Estudantes Secundaristas) e da UBES (União Brasileira de Estudantes Secundaristas). “Estou com essa ideia desde a semana passada. Participei da primeira ocupação de Sorocaba e foi muito produtiva”, afirma Isabela Aparecida Lopes. “A ocupação é legítima e temos o nosso direito”, alega.
Conforme eles, a escola está sendo mantida limpa e organização e os pais sabem da movimentação. “Minha mãe sabe que estou aqui e me apóia. Isso é uma forma de pressionar o estado”, diz Vinicius Bernando Silva. “Estamos aqui em solidariedade aos nossos colegas de outras cidades”, argumenta o estudante João Marcos Silva. Nicole Carolina, também estudante da unidade, seria mais uma aluna a se juntar ao movimento. “Não estou ocupando agora porque tenho compromisso, mas pretendo me juntar a eles a noite”, termina.
“É um situação de apelo contra a reorganização. Pedimos o apoio da população. Precisamos de água e comida, mas qualquer apoio será bem vindo”, termina.